Os professores constituem o mais importante recurso em educação. Devido a este facto e à complexidade dos estudos geográficos, são essenciais professores especialistas possuidores de uma adequada formação profissional.
Carta Internacional da Educação Geográfica

sábado, 4 de junho de 2016

Voltando ao início…

"Capa" da apresentação do Professor Ángel Torres

A última sessão de MEG contou com a participação do Professor Ángel Torres, da Universidad Nacional de Trujillo, tendo brindado os presentes com uma completa e apelativa apresentação sobre o seu país de origem: o Peru. O título desta apresentação foi, precisamente, “Perú: território y cultura”.

Para além de ter fornecido uma visão pormenorizada acerca do Peru, do seu território, das suas características físicas, da sua fauna e flora, da sua cultura, dos aspetos ligados à Educação, entre muitos outros, esta apresentação permitiu, a quem a presenciou, recuar até às primeiras sessões de MEG, altura em que foi abordada a componente nacionalista normalmente associada à Geografia. Esta apresentação constitui um exemplo atual deste papel da Geografia e, por conseguinte, do seu ensino no âmbito de um ideal nacionalista de identificação do indivíduo face ao território do seu país. Na sua intervenção, o Professor Ángel Torres não destacou os problemas que afetam o seu país. Destacou, sim, as “riquezas” do seu território. Seguindo uma abordagem orientada por temas afetos à Geografia, já apontados anteriormente, apresentou o que de melhor o seu país tem para oferecer, transmitindo uma imagem altamente positiva em relação ao mesmo. Nesta apresentação, encontramos frases como: “Territorio con enorme biodiversidad geográfica, biogenética y cultural” e “Uno de los mares más ricos del mundo”, entre muitas outras, o que vem ilustrar, precisamente, esta ideia.

Perante este testemunho, é caso para dizer que o papel da Geografia e do seu ensino na construção da identidade nacional dos indivíduos não é algo que faz, exclusivamente, parte do passado. O exemplo relatado prova que esta é uma realidade bem viva, no presente…

1 comentário:

  1. O Ricardo não pode assistir à apresentação mas, a partir da apresentação efetuada, faz uma boa leitura crítica da mesma e relaciona-a, corretamente, com o que abordámos inicialmente em MEG. Saber disciplinar diretamente associado à construção do estado-nação, a vocação da Geografia, desde logo no ensino, não é o denúncia de problemas socio-territoriais, antes a apologia nacional.

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