Os professores constituem o mais importante recurso em educação. Devido a este facto e à complexidade dos estudos geográficos, são essenciais professores especialistas possuidores de uma adequada formação profissional.
Carta Internacional da Educação Geográfica

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Ainda a propósito das perguntas…

O "antes" e "depois" das perguntas apresentadas pelos mestrandos
Foram dois os grandes momentos da nona sessão de MEG. Tudo começou, em jeito de sistematização, com a clarificação de alguns aspetos que não devem ser esquecidos quando se fala de planificações letivas, mais concretamente a organização geral que deve ser seguida quando pensamos na planificação de sequências didáticas a propósito de determinado tema. É, assim, importante começar por destacar a relevância social do tema em questão, o que nos remete para a forte componente de cidadania que está associada à Geografia. Esta é uma disciplina cujos temas podem ser fundamentais, por exemplo, para que um aluno tenha uma atitude mais esclarecida quanto à construção e organização do território, o que se refletirá, certamente, na sua postura enquanto cidadão. A este destaque da relevância social do tema em estudo deve seguir-se um levantamento das ideias prévias dos alunos acerca do mesmo tema, algo que, tal como já foi abordado, torna-se fundamental para uma conveniente planificação letiva. Estas ideias prévias devem, depois ser “confrontadas” com informação científica, algo que vai levar a uma reconstrução do conhecimento do aluno a propósito do referido tema. Esta constante reformulação conduz, assim, a que o aluno tenha um conhecimento progressivamente mais integrado e coerente acerca dos vários temas com que vai tendo contacto. Naturalmente, nenhuma sequência letiva deve terminar por aqui, uma vez que não pode também ser esquecida a componente de avaliação, que acaba por refletir uma aplicação do conhecimento. Este é um aspeto de especial relevância, já que o conhecimento não pode ser meramente teórico, havendo uma componente prática que não pode ser esquecida. O conhecimento deve levar à atuação, à resolução de situações reais. Com o que aprende, o aluno deve interrogar-se sobre como o pode aplicar na realidade, que soluções pode encontrar a partir daquilo que aprendeu. Esta não é, porém, a realidade que observamos nos dias de hoje, já que à Geografia continua a estar associada uma conceção em que predomina a descrição. É certo que descrever é uma competência que ninguém pode dissociar da Geografia e não deve ser desvalorizada, no entanto não pode ser exclusiva.


Na segunda parte da sessão retomou-se um assunto já abordado anteriormente. Falo da formulação de perguntas, desta vez no âmbito da elaboração de um teste de avaliação. Formular perguntas de uma forma realmente correta não é uma tarefa simples e direta, havendo uma série de aspetos que devem ser tidos em conta. É interessante notar que todas as perguntas que foram sugeridas pelos mestrandos, durante a sessão, ilustram esta dificuldade, tendo ficado patentes, em cada uma delas, algumas incorreções que já há muito tempo são frequentemente encontradas em testes de avaliação, perdurando esta situação ainda hoje. Entre estes aspetos a ter em conta está a importância de os alunos saberem claramente qual é o critério de excelência associado a cada pergunta, ou seja, o que terão de responder para obter a cotação máxima que possa ser atribuída àquela resposta. A ambiguidade é, assim, uma característica que não deve estar presente em perguntas de um teste de avaliação. Outra característica que não deve marcar presença nestas perguntas é a subjetividade na formulação das mesmas. Por outras palavras, deve ser possível que qualquer pergunta possa ser respondida por qualquer aluno e não apenas por alunos do professor que formulou a mesma pergunta. De igual modo, uma pergunta num teste de avaliação não deve apelar à opinião dos alunos face a determinado tema, uma vez que este facto acaba sempre por introduzir uma certa ambiguidade e subjetividade, algo que, como já vimos, não se compadece com uma avaliação efetivamente correta e coerente. Um outro aspeto diz respeito à terminologia utilizada, a qual deve ser cuidadosamente escolhida, atendendo aos objetivos de cada pergunta. Fica, assim, cada vez mais clara a ideia de que a elaboração de um teste de avaliação não é uma tarefa propriamente simples, sendo a correta formulação das perguntas um dos principais desafios neste âmbito.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Diversidade

Um momento da apresentação da proposta sobre o tema "As áreas rurais em mudança", 
a cargo do autor deste blogue (Foto da autoria do Prof. Sérgio Claudino)
Diversidade pode ser eleita a palavra-chave da oitava sessão de MEG. Nesta sessão, os mestrandos tiveram oportunidade de fazer uma primeira apresentação das suas ideias para a sequência didática que elaborarão no âmbito desta unidade curricular, sendo que estas propostas primaram, precisamente, pela diversidade, tanto de temas, como de abordagens. Dos riscos naturais à integração europeia, passando pelas áreas rurais em mudança, tudo terá lugar nestas várias propostas, o que acaba por atestar também a riqueza de temas inerente à Geografia.


Num segundo momento desta sessão houve ainda oportunidade para iniciar a abordagem de outro dos instrumentos fundamentais associados à prática letiva. Falo do teste de avaliação sumativa, um instrumento incontornável que acaba por seguir a lógica que está na base da ficha de trabalho, já abordada. Existe, assim, um conjunto de aspetos que não devem ser esquecidos quando se elabora um teste de avaliação, nomeadamente a importância de contemplar perguntas de diferentes níveis taxonómicos, respeitando naturalmente a sequência dos mesmos. Igualmente fundamental é a legibilidade da informação presente no teste de avaliação, a bem da conveniente interpretação por parte dos alunos que vão resolver o mesmo teste. Para além de legível, toda a informação presente deve ser efetivamente relevante, não devendo o teste de avaliação incluir informações que não sejam realmente úteis e pertinentes no âmbito da realização do mesmo. O tempo é outra das componentes fundamentais que não devem ser esquecidas, mais uma vez a bem do sucesso deste instrumento avaliação.  

Planificar - uma tarefa constante, incontornável e fundamental

Planificar é, sem dúvida, uma tarefa indissociável do dia-a-dia de qualquer professor, podendo ser projetada para diferentes escalas temporais. É precisamente esta ideia que, a meu ver, tem estado na base das últimas sessões de IPPI, sendo que a oitava destas sessões não foi exceção. Desta vez, o foco esteve a planificação de médio prazo, a qual pode ser aplicada, por exemplo, a um período letivo. Tal como seria de esperar, a estrutura desta planificação não difere muito da estrutura da planificação de longo prazo e também da planificação de curto prazo. Mais uma vez, há que destacar a flexibilidade que nunca deixa de estar presente quando falamos na elaboração de qualquer planificação, nomeadamente quanto à estrutura da grelha respetiva.

Partindo, mais uma vez, do exemplo de um ano de escolaridade em concreto, chegou-se a uma estrutura para uma planificação de médio prazo. Não é demais referir que o facto de se partir de um exemplo concreto ajuda, na minha opinião, a uma melhor compreensão dos aspetos que devem nortear a elaboração deste tipo de instrumentos.


No âmbito da construção deste exemplo de planificação de médio prazo, houve ainda oportunidade para abordar mais pormenorizadamente um determinado aspeto, algo que foi também, a meu ver, uma mais-valia para esta sessão. Falo da ficha de avaliação diagnóstica, instrumento frequentemente utilizado, particularmente no início do ano letivo. Este tipo de instrumento tem como vocação principal uma aferição dos conhecimentos prévios dos alunos face a determinado conteúdo programático, no entanto podem também ser exploradas outras dimensões nestas fichas, nomeadamente socio-afetivas. A propósito da ficha de avaliação diagnóstica, importa também referir que a mesma não deve ser alvo de classificação por parte do professor, prevenindo possíveis situações que podem até levar a uma desmotivação do aluno logo num momento inicial, algo que não seria benéfico para as suas aprendizagens e acabaria por desvirtuar a ficha de avaliação diagnóstico, instrumento com potencialidades que não devem ser desperdiçadas.

domingo, 10 de abril de 2016

Fichas de Trabalho - instrumentos multifacetados

Exemplo de cabeçalho para uma ficha de trabalho

Não existem grandes dúvidas quanto à presença e relevância das fichas de trabalho quando pensamos na realidade de uma aula. É, então, importante que qualquer professor tenha a consciência disto mesmo, explorando todas as potencialidades que estes instrumentos podem apresentar em contexto de sala de aula. Este foi, precisamente, o tema em torno do qual se desenrolou a sétima sessão de MEG.

As fichas de trabalho podem cumprir diferentes funções. Desde logo, podem servir para materializar atividades de consolidação de conhecimentos, para além de poderem também funcionar como instrumentos de estudo, bem como assumir o carácter de instrumentos de avaliação. A riqueza destes instrumentos motiva, assim, uma reflexão em torno dos elementos que não devem faltar numa ficha de trabalho, para que esta seja um instrumento verdadeiramente útil. Uma boa ficha de trabalho incluirá, então, a identificação da escola, bem como a disciplina correspondente, o nível de escolaridade respetivo e ainda a data de realização. É também fundamental que qualquer ficha de trabalho inclua sempre um espaço para que o aluno escreva a seu nome. Este pormenor, que à primeira vista poderia parecer irrelevante, poderá fazer toda a diferença no modo como o aluno vai encarar a própria ficha de trabalho. A colocação do nome na ficha introduzirá um maior sentimento de pertença, um cariz mais pessoal e até uma maior responsabilidade do aluno face àquele instrumento. É igualmente importante que o próprio professor, autor da ficha de trabalho, coloque o seu nome na mesma. Tal contribuirá para uma maior valorização da mesma ficha, enquanto instrumento de trabalho a ter em conta. Numa ficha de trabalho deve ainda ser claro o tema respetivo, bem como os objetivos associados, aspetos que facilitarão um enquadramento e justificação da realização da mesma ficha. De igual modo, uma introdução com algumas “instruções” relativas à resolução da ficha pode ser relevante, na medida em que pode fornecer informações úteis para uma adequada exploração da ficha de trabalho enquanto instrumento didático.

Uma ficha de trabalho não o é verdadeiramente sem contemplar perguntas/atividades, devendo este aspeto merecer uma especial atenção. Na ficha deve, assim, haver espaço para perguntas/atividades de natureza diversificada, quer quanto ao seu tipo, quer quanto ao grau de dificuldade associado. Relativamente a este último aspeto, naturalmente fará sentido começar por questões de resolução mais fácil, introduzindo gradualmente um grau de complexidade maior nas questões seguintes. Este aspeto pode, até, funcionar como motivação para aluno, contribuindo para que este se interesse pela ficha de trabalho e sinta que está a conseguir atingir os objetivos da mesma. Esta progressão não pode, no entanto, ser encarada de uma forma rígida, uma vez que não podemos esquecer que há uma ordem inerente aos próprios assuntos abordados na ficha de trabalho, ordem esta que não pode deixar de estar presente, a bem da coerência da própria ficha.

Nem só de perguntas se forma uma ficha de trabalho e é também fundamental que seja incluída documentação de base, a ser explorada com a realização da mesma ficha. Esta documentação pode passar por textos, imagens, entre outros elementos, algo que a tornará num instrumento mais rico do ponto de vista didático. Esta diversidade pode, até, contemplar uma mobilização de outros recursos, nomeadamente o manual escolar, ou seja, uma articulação entre a ficha de trabalho e o manual escolar pode revelar-se uma mais-valia, até porque pode contribuir também para introduzir uma motivação suplementar associada à realização da ficha de trabalho. No fundo, está subjacente a ideia de que uma ficha de trabalho deve ser encarada como um instrumento com potencialidades que vão mais além do que um mero questionário. A diversidade inerente às fichas de trabalho remete-nos para um outro aspeto que deve ser tido em conta, relacionado com a forma como os vários elementos que constituem estas fichas são apresentados. Por outras palavras, importa assegurar que é clara a distinção entre o que é informação de base e o que são perguntas/atividades.


A ficha de trabalho é, assim, um importante instrumento, com várias particularidades, que não pode ser elaborado de uma forma aleatória, sob pena de não constituir um instrumento verdadeiramente útil e valioso do ponto de vista didático.

A planificação de longo prazo - mais uma grelha fundamental

Exemplo de uma planificação de longo prazo

A sétima sessão de IPPI incidiu sobre mais uma grelha fundamental quando pensamos na prática docente. Falo da grelha associada à planificação de longo prazo, mais concretamente a planificação para um ano letivo. Assim, foram debatidos, em conjunto, os elementos que deveriam fazer parte de uma grelha desta natureza, não esquecendo a flexibilidade que está sempre presente quando falamos nestes instrumentos. Estes elementos acabam, naturalmente, por seguir a estrutura já definida aquando da construção da grelha destinada à planificação de curto prazo, contemplando, no caso do Ensino Básico, os domínios, subdomínios, objetivos gerais, objetivos específicos/descritores, principais experiências de aprendizagem, instrumentos de avaliação e número de aulas/calendarização. Estas são planificações de cariz mais geral, não querendo isto dizer que sejam menos relevantes, antes pelo contrário. Uma planificação de longo prazo servirá de enquadramento, fornecendo as “traves mestras” a partir das quais se chegará às planificações de médio e curto prazo. Com vista a observar-se, na prática, um exemplo de uma planificação de longo prazo, foi construído, em conjunto, o início de uma planificação desta natureza, tomando como exemplo o sétimo ano de escolaridade.  

Um esquema pode valer mais que mil imagens

Um esquema manual a propósito da duração dos dias e das noites no Hemisfério Norte

Fazendo um balanço geral da sexta sessão de MEG, considero que a mesma contou com quatro momentos principais, cada um com as respetivas especificidades, sendo qualquer um deles igualmente relevante.

Tudo começou com a definição da data de entrega do trabalho final desta unidade curricular, entrega esta que ficou agendada para o dia 22/06/2016. Este trabalho consiste na planificação de uma sequência didática para aproximadamente cinco aulas, contemplando também a construção dos materiais necessários à aplicação da mesma sequência. Este é, a meu ver, um tipo de trabalho pertinente no âmbito desta unidade curricular, na medida em que implica um contacto privilegiado com a elaboração de planificações a diferentes níveis, desde o longo prazo, ao curto prazo, para além de contemplar a construção de materiais didáticos. Estas são, no fundo, duas das principais tarefas que fazem parte do dia-a-dia de qualquer professor, sendo, naturalmente, fundamental o treino das mesmas, algo que este trabalho pode, precisamente, proporcionar.

Num segundo momento desta sexta sessão ficou patente, a meu ver, um dos desafios inerentes à prática docente. Falo de uma capacidade de mobilização imediata de conhecimentos científicos associados à área da docência, neste caso a Geografia. Um professor deve procurar desenvolver esta capacidade, algo fundamental, por exemplo, nos momentos em que haja necessidade de este esclarecer as dúvidas apresentadas pelos seus alunos. A manifestação desta capacidade, por parte dos mestrandos presentes nesta sexta sessão de MEG, ficou aquém do expectável, mais concretamente a propósito do tema da duração dos dias e das noites, associado aos Solstícios e Equinócios. Penso que a prática profissional terá, aqui, um papel de relevo, na medida que permitirá um contacto mais prático e continuado com os vários conteúdos, podendo, assim, contribuir para um desenvolvimento e aperfeiçoamento desta capacidade de mobilização.

O terceiro grande momento desta sessão serviu de inspiração para o título que atribuí ao presente texto. Foi, assim, destacada a importância da construção de esquemas, elementos que introduzem uma maior riqueza do ponto de vista da leitura e da interpretação comparativamente, por exemplo, com as fotografias. É certo que estas últimas poderão ser mais atrativas do ponto de vista visual e estético, no entanto não colocarão em evidência, de uma forma tão evidente, os aspeto principais de uma paisagem, por exemplo, algo que será mais facilmente identificável num esquema, nomeadamente num esboço. Esta questão remete-nos para um outro aspeto, relacionado com a importância do desenho e a riqueza didática que este pode oferecer no âmbito da Geografia. Uma representação mais esquemática, recorrendo frequentemente ao desenho, poderá ajudar a clarificar as ideias principais associadas a determinado conteúdo, por exemplo. Poder-se-á, até, dizer que a presença de esquemas e desenhos será um indicador de qualidade associado a um manual escolar. Não foi, assim, ao acaso que o esquema que ilustra este texto foi construído, por mim, manualmente.

Esta sexta sessão de MEG terminou com a continuação da análise, já iniciada na sessão anterior, da proposta de Frances Slater. Mais uma vez, foi destacada a diversidade associada a esta proposta, contemplando atividades de natureza distinta, organizadas não aleatoriamente. Trata-se de uma proposta que se enquadra na chamada Escola Anglo-Saxónica, procurando levar os alunos a “construírem o território”. Recorde-se que, nesta proposta, os alunos deveriam construir um mapa, partindo de uma base muito simples e utilizando uma legenda específica que lhes era fornecida. Para além disto, os alunos eram conduzidos à necessidade de tomarem decisões perante uma situação de conflito de interesses, tomando partido por uma opção, o que encorajava a uma certa discussão de pontos de vista distintos. Este não é, porém, o tipo de proposta habitualmente aplicada em Portugal. Aqui, a influência da Escola Francófona é mais visível.    

sábado, 9 de abril de 2016

Um índice para o relatório final de IPPI

Exemplo da estrutura de um índice para o relatório final de IPPI

A sexta sessão de IPPI começou por incidir sobre o relatório final da mesma unidade curricular, cuja entrega ficou agendada para o dia 15/06/2016. Para além da definição da data de entrega, houve também oportunidade para ser delineada a estrutura a partir da qual o mesmo relatório deve organizar-se, o que me permitiu vislumbrar já um possível índice para o dito relatório. Assim, para além de contemplar uma introdução, este relatório deve começar por uma breve caracterização das escolas onde decorreram as atividades inerentes a IPPI, fazendo referência, por exemplo, a aspetos como a origem da Escola/Agrupamento de Escolas, a respetiva organização interna, os equipamentos à disposição da comunidade escolar, a oferta formativa disponível, a própria caracterização geral da população escolar, bem como aspetos mais específicos, relacionados com a caracterização da turma contemplada no âmbito das atividades de IPPI. Uma segunda parte deste relatório deve incidir sobre a observação das aulas dos orientadores cooperantes, aspeto que não será, certamente, alheio às informações registadas nas grelhas, entretanto construídas para este fim. Uma cuidada análise e reflexão a propósito desta questão constitui, a meu ver, um importante primeiro passo no sentido de uma conveniente reflexão a propósito da terceira grande secção deste relatório, relacionada com a própria prática letiva desenvolvida por cada mestrando, no âmbito das atividades desta unidade curricular. Nesta terceira parte deve privilegiar-se a descrição aliada à reflexão, contemplando aspetos como os comentários dos alunos, as planificações construídas, bem como os materiais e recursos construídos e utilizados. Naturalmente que este relatório deve terminar com uma conclusão geral acerca de todo o trabalho desenvolvido, para além de uma bibliografia e dos anexos. Definida que está toda esta estrutura, penso que não há razão para dúvidas quanto àquilo que não deve faltar no relatório final de IPPI, sendo que, no decorrer das atividades desta unidade curricular, terei sempre presente a ideia de que as mesmas terminarão com a elaboração deste relatório, pelo que tentarei registar todas as informações relevantes, que serão depois fundamentais para a concretização deste relatório final.


A segunda parte desta sexta sessão de IPPI foi igualmente relevante, na medida em que foram abordadas questões, a meu ver, muito importantes quando falamos na elaboração de planificações a curto prazo, mais concretamente para uma aula. Esta abordagem teve ainda a vantagem de ter sido realizada a partir da análise do exercício que havido sido iniciado na sessão anterior, o que permitiu ter uma noção muito prática acerca destas questões. Na construção de uma planificação desta natureza é, assim, importante não deixar de contemplar, por exemplo, as ideias prévias dos alunos, mais concretamente reservando algum espaço na aula para este fim, algo que pode ser encarado também do ponto de vista da avaliação de carácter diagnóstico. Basicamente, o professor deve ter o cuidado de, ao planificar as suas aulas, assegurar que o conhecimento é construído tendo em conta a interação com os alunos, não se esgotando numa mera exposição dos conteúdos. Uma outra ideia importante diz respeito à flexibilidade que a utilização do quadro da sala de aula pode introduzir, algo que não acontece, por exemplo, quando a aula é organizada exclusivamente a partir de uma apresentação PowerPoint, o que introduz uma certa rigidez e pode até, em alguns casos, revelar-se contraproducente. É importante salientar ainda a importância de a aula ser planificada de modo que os alunos tenham sempre a oportunidade de guardar um registo escrito dos conteúdos abordados na aula, algo que se tornará mais rico, até do ponto de vista dos instrumentos de estudo, não se resumindo o contacto com elementos audiovisuais, por exemplo, à mera observação dos mesmos. As fichas de trabalho têm, a este propósito, uma papel que não deve ser ignorado.