Exemplo de cabeçalho para uma ficha de trabalho |
Não existem grandes dúvidas quanto à presença e relevância
das fichas de trabalho quando pensamos na realidade de uma aula. É, então, importante
que qualquer professor tenha a consciência disto mesmo, explorando todas as
potencialidades que estes instrumentos podem apresentar em contexto de sala de
aula. Este foi, precisamente, o tema em torno do qual se desenrolou a sétima
sessão de MEG.
As fichas de trabalho podem cumprir diferentes funções. Desde
logo, podem servir para materializar atividades de consolidação de
conhecimentos, para além de poderem também funcionar como instrumentos de
estudo, bem como assumir o carácter de instrumentos de avaliação. A riqueza
destes instrumentos motiva, assim, uma reflexão em torno dos elementos que não
devem faltar numa ficha de trabalho, para que esta seja um instrumento
verdadeiramente útil. Uma boa ficha de trabalho incluirá, então, a
identificação da escola, bem como a disciplina correspondente, o nível de
escolaridade respetivo e ainda a data de realização. É também fundamental que
qualquer ficha de trabalho inclua sempre um espaço para que o aluno escreva a
seu nome. Este pormenor, que à primeira vista poderia parecer irrelevante,
poderá fazer toda a diferença no modo como o aluno vai encarar a própria ficha
de trabalho. A colocação do nome na ficha introduzirá um maior sentimento de
pertença, um cariz mais pessoal e até uma maior responsabilidade do aluno face
àquele instrumento. É igualmente importante que o próprio professor, autor da ficha
de trabalho, coloque o seu nome na mesma. Tal contribuirá para uma maior
valorização da mesma ficha, enquanto instrumento de trabalho a ter em conta.
Numa ficha de trabalho deve ainda ser claro o tema respetivo, bem como os
objetivos associados, aspetos que facilitarão um enquadramento e justificação
da realização da mesma ficha. De igual modo, uma introdução com algumas “instruções”
relativas à resolução da ficha pode ser relevante, na medida em que pode
fornecer informações úteis para uma adequada exploração da ficha de trabalho
enquanto instrumento didático.
Uma ficha de trabalho não o é verdadeiramente sem contemplar
perguntas/atividades, devendo este aspeto merecer uma especial atenção. Na
ficha deve, assim, haver espaço para perguntas/atividades de natureza
diversificada, quer quanto ao seu tipo, quer quanto ao grau de dificuldade
associado. Relativamente a este último aspeto, naturalmente fará sentido
começar por questões de resolução mais fácil, introduzindo gradualmente um grau
de complexidade maior nas questões seguintes. Este aspeto pode, até, funcionar
como motivação para aluno, contribuindo para que este se interesse pela ficha
de trabalho e sinta que está a conseguir atingir os objetivos da mesma. Esta
progressão não pode, no entanto, ser encarada de uma forma rígida, uma vez que
não podemos esquecer que há uma ordem inerente aos próprios assuntos abordados
na ficha de trabalho, ordem esta que não pode deixar de estar presente, a bem
da coerência da própria ficha.
Nem só de perguntas se forma uma ficha de trabalho e é
também fundamental que seja incluída documentação de base, a ser explorada com
a realização da mesma ficha. Esta documentação pode passar por textos, imagens,
entre outros elementos, algo que a tornará num instrumento mais rico do ponto
de vista didático. Esta diversidade pode, até, contemplar uma mobilização de
outros recursos, nomeadamente o manual escolar, ou seja, uma articulação entre
a ficha de trabalho e o manual escolar pode revelar-se uma mais-valia, até
porque pode contribuir também para introduzir uma motivação suplementar
associada à realização da ficha de trabalho. No fundo, está subjacente a ideia
de que uma ficha de trabalho deve ser encarada como um instrumento com
potencialidades que vão mais além do que um mero questionário. A diversidade
inerente às fichas de trabalho remete-nos para um outro aspeto que deve ser
tido em conta, relacionado com a forma como os vários elementos que constituem
estas fichas são apresentados. Por outras palavras, importa assegurar que é
clara a distinção entre o que é informação de base e o que são perguntas/atividades.
A ficha de trabalho é, assim, um importante instrumento, com
várias particularidades, que não pode ser elaborado de uma forma aleatória, sob
pena de não constituir um instrumento verdadeiramente útil e valioso do ponto
de vista didático.
Uma boa síntese! Na realidade, a ficha de trabalho assume várias funções, em simultâneo, na sequência do que é referido. É muito um instrumento de caráter formativo. Nrmalmente, os alunso tem mas sucesso quando resolvem fichas de trabalho.
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